O perigo da Dioxina!

[su_pullquote align=”right”]Dioxina é uma substância liberada como subproduto industrial e que podem causar vários malefícios para o organismo humano.[/su_pullquote]

Talvez você nunca tenha ouvido falar dessa substância química, mas ela está em nosso corpo mesmo que em uma pequena quantidade, é perigosa e requer muitos cuidados.

Presente em papéis que passaram por processo de branqueamento e em certos artigos íntimos femininos, esta substância pode causar câncer e se acumula no corpo.

É um subproduto industrial que contém produção de cloro, técnicas de branqueamento de papel e produção de pesticidas. A incineração de lixo também libera dioxina (queima de plástico, papel, de pneus e de madeira tratada com pentaclorofenol), pois muitos produtos são tratados com cloro em sua fabricação.

As dioxinas são acumuladas nos tecidos adiposos, ou seja, na região em que nossos corpos e os de animais têm mais gordura.

Por meio de um processo chamado biomagnificação, elas também acompanham o desenvolvimento da cadeia alimentar. Se você come a carne de um animal que contém muitas dioxinas, elas serão acumuladas no seu corpo. A partir de então, seu organismo tentará se livrar delas por um bom tempo.

[su_quote]Não há nível saudável de dioxinas e até uma quantidade pequena pode ser perigosa, exatamente porque ela se acumula no organismo.[/su_quote]

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a União Européia estabeleceram a dosagem de 2,3 pg/kg/dia (picograma/quilo/dia – 1 picograma equivale a 10-¹² grama ou um trilionésimo de grama) como limite.

São limites que significam quantidades muito baixas, o que pode ser aferido por orientação da própria EPA, que descreve o uso de filtro simples de papel para coar café, feito com papel branqueado industrialmente, sendo o suficiente para exceder os “níveis aceitáveis” de dioxina por toda uma vida.

A expansão das dioxinas se liga à utilização do cloro na Segunda Guerra Mundial. Até esse período, o produto foi usado, juntamente com outras substâncias químicas, como forma de armamento. Com o fim do conflito, havia uma grande produção, mas a demanda sofreu uma queda abrupta. Assim, a indústria química buscou novos mercados para inserir o cloro.

Uma fonte de cloro, uma fonte de matéria orgânica e um ambiente térmico ou quimicamente reativo, em que os materiais citados possam se combinar é o que gera a dioxina nos processos industriais. Portanto, tanto a produção de cloro, como o tratamento de outros produtos com cloro geram o indesejado subproduto.

A tabela abaixo mostra quais são os processos formadores das dioxinas e quais são os emissores primários:

As dioxinas podem afetar o organismo humano, principalmente, de três maneiras:

tabela_dioxinas
  • Má formação: as dioxinas são substâncias perigosas que podem causar a má formação fetal e mutações genéticas, desta maneira podendo causar câncer.
  • Câncer: segundo a ATSDR (Agency for Toxic Substances and Disease Registry), as dioxinas são comprovadamente causadoras de câncer em animais. O mesmo efeito podendo ocorrer com humanos. Elas podem causar tumores e aumentar o risco de todos os tipos de câncer, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) e o National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH), dos EUA.
  • Outros: as dioxinas alteram receptores de estrogênio, podem ser tóxicas para o crescimento e o desenvolvimento, podem causar danos no fígado, nos nervos e alterações indesejadas em glândulas, de acordo com a ATSDR (Agency for Toxic Substances and Disease Registry). Problemas relacionados aos sistemas reprodutivo e imunológico, além de alterações no neuro desenvolvimento que também podem ocorrer devido às dioxinas. As substâncias também são suspeitas de causarem problemas respiratórios, câncer de próstata, além de dois tipos de diabetes.

Os principais tipos de alimento que contêm dioxina, de acordo com a ATSDR (Agency for Toxic Substances and Disease Registry), são os seguintes: gordura animal presente em carne, laticínios ricos em gordura, peixes gordurosos (arenque, cavala, salmão, sardinha, truta e atum) e produtos que tenham sido expostos a pesticidas.

A contaminação também pode ocorrer quando ingerimos alimentos que tiveram contato direto com embalagens que possuam dioxinas (principalmente as feitas com papel branqueado industrialmente, como pratos de papel e caixas de comida feitas de papel). Também é possível que produtos íntimos femininos que passaram por processo de branqueamento liberem dioxinas, como absorventes internos.

Como podemos evitar a exposição?

Agora vamos verificar os conselhos básicos para evitar a exposição a essa perigosa substância.

Produtos de papel: opte por papéis branqueados naturalmente ou não branqueados, especialmente para produtos que entram em contato com comida ou com partes íntimas – filtros de café, toalhas de papel e absorventes internos.

Alimentos: escolha alimentos orgânicos e com baixa quantidade de gordura. Procure saber se o animal foi criado de maneira sustentável – alimentado com poucas quantidades diárias de gordura ou pasto/ração livre de pesticidas.

Plásticos: quando for esquentar algum produto no micro-ondas, certifique-se de que ele foi feito especialmente para essa finalidade. Mesmo assim, dê preferência a recipientes de cerâmica e vidro. Com o calor, os plásticos podem liberar dioxinas diretamente no alimento. O mesmo vale para o filme plástico que recobre comida. Tire-o antes de levar o alimento ao micro-ondas. No caso do PVC, evite qualquer forma de queima ou aquecimento intenso do material (fato comum em obras, para dar elasticidade ao cano). Precisamos ter atenção com os copos descartáveis que também liberam esta substância quando aquecidos.

Não conseguimos eliminar 100% pois ela está presente no ar que respiramos, mas só o fato de saber e ter os cuidados de ir amenizando a retenção destas toxinas em nosso dia a dia já ajudará muito.

Vamos passar esta informação para familiares e amigos, procurar buscar informações sobre nossa saúde e alimentação, o conhecimento nos trás uma nova visão da realidade.

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